Matéria de Dilson Pimentel, no O Liberal
Tempo de permanência no hospital reduziu em até 66% no hospital municipal de Pronto Socorro Mario Pinotti
Atualmente, no Hospital Municipal Mário Pinotti, o PSM da 14, no bairro Umarizal, dificilmente um paciente com classificação verde (pouco risco) passa mais de 40 minutos aguardando atendimento. Já um paciente com classificação amarela (com mais risco) não passa em geral mais de 20 minutos para ser atendido. Antes, esse tempo de espera era de mais de 60 minutos e duas horas, respectivamente. É o que revelou nesta quarta-feira (26), em entrevista à Redação Integrada, o diretor do PSM da 14, médico Renato Mauro. Esse é o resultado do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), uma aliança entre seis hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. E o hospital municipal, que atende de cerca de oito mil pacientes por mês, é destaque nesse projeto.
O diretor Renato Mauro explicou que o projeto “Lean nas Emergências” visa a melhoria das práticas de gestão por meio de consultoria nas emergências, e não no hospital como um todo. “O foco de fato é a emergência do hospital. Inicialmente, através dessa consultoria com membros do hospital Sírio-Libanês e de outras instituições de renome nacional, foi feito o levantamento do cenário, encontrando-se possibilidades de melhoria do ponto de vista da gestão pra que se diminuísse o tempo de espera, as filas, o tempo de permanência dos pacientes e, com isso, a gente tivesse um pronto atendimento mais resolutivo, com uma maior satisfação do usuário”, explicou.Esse, portanto, foi o primeiro ponto: fazer uma avaliação das teorias e daquilo que se conhece dentro da gestão do serviço de urgências hoje e que é aplicado em outras instituições – uma avaliação daquilo que se poderia melhorar. “Esse foi o ponto inicial. A partir disso, diversas ações foram desenvolvidas para que se economizasse recurso e, principalmente tempo, encurtassem distâncias dentro do próprio hospital”, disse.
Atualmente, no Hospital Municipal Mário Pinotti, o PSM da 14, no bairro Umarizal, dificilmente um paciente com classificação verde (pouco risco) passa mais de 40 minutos aguardando atendimento. Já um paciente com classificação amarela (com mais risco) não passa em geral mais de 20 minutos para ser atendido. Antes, esse tempo de espera era de mais de 60 minutos e duas horas, respectivamente. É o que revelou nesta quarta-feira (26), em entrevista à Redação Integrada, o diretor do PSM da 14, médico Renato Mauro. Esse é o resultado do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), uma aliança entre seis hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. E o hospital municipal, que atende de cerca de oito mil pacientes por mês, é destaque nesse projeto.
O diretor Renato Mauro explicou que o projeto “Lean nas Emergências” visa a melhoria das práticas de gestão por meio de consultoria nas emergências, e não no hospital como um todo. “O foco de fato é a emergência do hospital. Inicialmente, através dessa consultoria com membros do hospital Sírio-Libanês e de outras instituições de renome nacional, foi feito o levantamento do cenário, encontrando-se possibilidades de melhoria do ponto de vista da gestão pra que se diminuísse o tempo de espera, as filas, o tempo de permanência dos pacientes e, com isso, a gente tivesse um pronto atendimento mais resolutivo, com uma maior satisfação do usuário”, explicou.Esse, portanto, foi o primeiro ponto: fazer uma avaliação das teorias e daquilo que se conhece dentro da gestão do serviço de urgências hoje e que é aplicado em outras instituições – uma avaliação daquilo que se poderia melhorar. “Esse foi o ponto inicial. A partir disso, diversas ações foram desenvolvidas para que se economizasse recurso e, principalmente tempo, encurtassem distâncias dentro do próprio hospital”, disse.
Média de atendimento no PSM é inferior à dos hospitais particulares, diz diretor
“Com isso, a gente passou a ter um ambiente inclusive mais limpo, mais organizado e com uma espera muito menor. Hoje, se for ao PSM da 14, dificilmente um paciente com a classificação verde (paciente com pouco risco) passa mais de 40 minutos aguardando atendimento. Um paciente com classificação amarela (com “mais risco” no atendimento) não passa em geral mais de 20 minutos. Antes, esse tempo de espera era de mais de 60 minutos e duas horas, respectivamente”, afirmou. Essa média, inclusive, garantiu, é muito inferior à registrada na maioria dos hospitais particulares da cidade. “Então, mais do que isso a gente hoje também consegue ter um tempo estimado de permanência médio de 3 a 4 horas dentro do nosso atendimento para os pacientes com classificação amarela e, anteriormente, esse tempo chegava a 8, 12 horas”, contou.
“Então, a reorganização do atendimento pauta o benefício do usuário principalmente e há ganhos significantes. Quanto menos tempo o paciente passa dentro da emergência, quanto mais rápido tem seu problema resolvido, menores os riscos e os gastos que se tem e se usa melhor o recurso para o atendimento de outras pessoas”, afirmou o diretor.
Renato Mauro disse que essas ações pautam principalmente o controle de estoque mais adequado, elaboração de kits de padronização de atendimento, o dimensionamento de pessoal, de médico, enfermagem para o atendimento conforme a geração de filas e aumento do tempo de espera. “Nós criamos o método Kanban (sistema focado em fazer a gestão de tarefas) em que se visualiza quem são os pacientes que estão em atendimento, quem tem maior tempo de permanência para que se foque nesse benefício. Mudamos os fluxos de assistência dos exames diagnósticos. Foram diversas mudanças na forma com que se atende, na gestão. Não foi construído prédio, não foi aumentado recurso financeiro. Mas foi implementada melhoria na gestão. Hoje o foco é na resolutividade”, afirmou.
Tempo de permanência reduziu em até 66%
Ainda segundo o diretor do PSM da 14, os resultados incluem principalmente a redução do tempo de espera em 33% e o tempo de permanência reduziu em até 66%. “A gente consegue atender hoje o mesmo volume de cerca de 8 mil pacientes mês. Porém com o tempo de espera significativamente menor e com o tempo de permanência no pronto atendimento. Ou seja, o tempo de permanência para que se determine se o paciente vai de alta ou fica hospitalizado, diminuiu bastante e, com isso, a gente consegue ter um giro maior de leitos”, explicou. “Esses resultados são visíveis para quem chega hoje e procura atendimento no Pronto Socorro da 14”, reforçou.
As ações começaram a ser desenvolvidas no segundo semestre do ano passado e agora, no primeiro semestre deste ano, estão sendo aprofundadas e passam pela consolidação da mudança daquilo que se pensa na gestão. “Então, por exemplo: continuamos ao invés de uma classificação de risco de enfermagem, temos duas. Em vez de três médicos no atendimento, nós temos cinco durante o dia, incluindo o chefe de plantão, que visa exclusivamente resolver os casos mais críticos e que precisam de uma atenção maior que precisam ser resolvidos e que precisem de uma tomada de decisão mais adequada para que o paciente não fique mais tempo esperando além do que deveria no pronto atendimento”, contou.