Policiais militares envolvidos em uma comemoração dentro do Quartel da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), em Belém, foram exonerados de seus cargos e transferidos para outras funções. A mudança foi publicada no boletim geral da Polícia Militar do Pará na segunda-feira (22).
A celebração registrada no quartel da Rotam virou alvo de inquérito da Promotoria de Justiça Militar. O caso é apurado como apologia ao crime.
Em vídeo, os policiais apareceram comemorando a libertação de quatro militares que estavam presos desde setembro por suspeita de envolvimento em crimes de estupro e tortura. Eles dançaram e entoaram gritos de guerra com palavras violentas.
A celebração dos militares ocorreu após a libertação dos suspeitos denunciados por uma jovem de 18 anos, que alegou ter sido violentada sexualmente e torturada em julho de 2021, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém.
Os policiais foram soltos por determinação da Justiça e, segundo a Promotoria Militar, estariam utilizando tornozeleiras eletrônicas e sendo monitorados.
Acusação de estupro
Os quatro militares da Rotam foram presos em agosto, sob acusações de tortura e estupro contra uma jovem de 18 anos, que denunciou ter sido violentada pelos militares no mês de julho, em Ananindeua, na Grande Belém.
O crime foi denunciado pela própria vítima diretamente à Justiça Militar, no mês de julho. Informações preliminares dão conta de que a jovem teria sido torturada e violentada sexualmente pelos militares. A partir da denúncia, a Justiça Militar deu início às investigações e montou uma operação. A vítima está sob proteção da Justiça e recebendo auxílio do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita). A Redação Integrada pediu um posicionamento da Polícia Militar, e aguarda retorno.
Com informações do G1