I Bienal de Artes é aberta mostrando a riqueza e a diversidade cultural de Belém

A I Bienal de Artes de Belém foi oficialmente aberta na tarde desta terça-feira, 20, visando construir uma política cultural voltada à arte como um todo, desde a música até a literatura.

A abertura da Bienal foi realizada no auditório da Instituto de Gestão Previdenciária do Pará (Igeprev) e contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e do sociólogo e ex-ministro da cultura, Juca Ferreira, que apresentou a conferência “Cultura: Afirmação de Direitos”.

Política cultural no Brasil  – Durante a conferência, Juca Ferreira traçou uma visão geral da política cultural atual no Brasil e a relacionou como era feita há 12 anos atrás. E como,  depois desses últimos anos de abandono da cultura, é necessário voltar e fortalecer essa política por meio de garantia de direitos, inclusão da população e democracia.

O sociólogo destacou a alegria de estar em Belém e poder debater a cultura de um modo geral. “É uma alegria estar aqui e ter sido convidado para a I Bienal de Belém, uma cidade incrível e com densidade cultural enorme, e mais importante que minha fala foi a conversa depois, com pessoas expondo seus pontos de vista, levantando questões legais de política, de valorização dos médicos, foi muito rica a conversa. Espero voltar outras vezes aqui”.

Viver a arte – Após a conferência, os convidados tiveram a oportunidade de conversar e debater sobre a cultura no Brasil e em Belém. O cineasta Januário Guedes ressaltou como é importante Belém mostrar e viver arte durante esse período.

“Nós precisamos estimular a cultura, para que as pessoas participem, pensem, elaborem e criem expressões artísticas. No caso do cinema, o audiovisual,  tem uma importância fundamental porque hoje em dia é uma linguagem que mais expressa os pensamentos de todo mundo”.

Cidadania – O prefeito Edmilson Rodrigues destacou a diversidade cultural de Belém e o fato de que a Bienal foi composta com uma proposta de cidadania.

“Belém é a capital das artes, porque não há cidade no Brasil mais rica em diversidade cultural e produção artística do que a nossa. No âmbito da música, Belém possui mais de 80 ritmos musicais, e a cidade é isso mesmo, um caldeirão cultural”, disse o prefeito.

“Então, ter aqui um debate desse nível, com um ex-ministro da cultura, estabeleceu um parâmetro que representa uma Bienal de Artes, uma política municipal voltada a construir um futuro que  pode ser socialmente justo, ecologicamente equilibrado, democrático, que enxerga a cultura como um elemento estruturante. Então, a política cultural é imprescindível, para que possamos sonhar com um projeto humano. Viva a Bienal de Artes de Belém, pensada com uma proposta voltada ao exercício pleno da cidadania”.

Victor Miranda – Agência Belém

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