Capacitação da comunidade de Outeiro e ilhas do entorno promovida pela Funbosque (Fotos: Ascom Funbosque/ PMB)
Para que os alunos e moradores da Ilha de Caratateua se conscientizem sobre a importância da educação ambiental e tenham o sentimento de pertencimento à região, a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira (Funbosque), desenvolve atividades prática e teórica com ajuda da tecnologia integrada aos projetos da escola e que contribuem para o benefício social e ambiental da Ilha.
Desde 2021, a Prefeitura faz um grande investimento em tecnologia, assegurando o acesso à internet para alunos, professores e moradores da Ilha de Outeiro. Foram distribuídos cerca de 2.8 mil chips, com acesso à internet, permitindo que os alunos acessem conteúdos pedagógicos, aplicativos educacionais e para fazer pesquisas na rede mundial.
Referência ambiental
Também foram adquiridos computadores, novas salas de informática, instalação de cerca de mil metros de cabos de fibra óptica na Fundação e criação da plataforma educacional, “Poraquê”, desenvolvida pela Funbosque, onde os alunos têm acesso a um acervo com conteúdo pedagógico, que podem ser acessados mesmo quando o estudante está off-line.
“Nestes dois anos retiramos a Fundação Escola Bosque do estado de abandono e desestruturação, oriundo das gestões anteriores, para o patamar original de Centro de Referência em Educação Ambiental. Hoje podemos nos orgulhar e dizer que estamos reconstruindo esse importante patrimônio, buscando colocá-lo como protagonista na luta contra as mudanças climáticas, educação ambiental e articulação comunitária na região insular de Belém”, explica o presidente da Funbosque, Alickson Lopes.
Avanços
Dentre tantos avanços deste curto período, o presidente da Fundação destacou a retomada do ensino médio e reestruturação dos três cursos técnicos em Meio Ambiente, técnico em Recursos Pesqueiros e técnico em Cozinha. Além da abertura do curso de nível superior em Geoprocessamento, oriundos do edital do programa Forma Pará da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectet).
Educação ambiental
Para contribuir com conservação, fortalecimento e recuperação de florestas e de áreas naturais da região insular de Belém, a Escola atua no fortalecimento e ampliação dos projetos de educação ambiental, como o Agentes e Monitores Ambientais (AMA), a Horta do Conhecimento, Casarão da Cultura Amarildo Mattos, Meliponário Educativo Uruçu, Ecomuseu da Amazônia e o PGRS – Programa de Gestão de Resíduos Sólidos, que faz a redução no volume de resíduos nos espaços da escola.
O projeto Agentes e Monitores Ambientais (AMA) conta com o viveiro educador, onde os alunos participam do processo de produção de mudas de várias espécies, como ipês, açaí, andiroba e outras. Em 2022 foram produzidas mais de 8.600 mudas, sendo doadas cerca de 3.400, para serem plantadas em espaços públicos e para moradores da Ilha de Outeiro, e criar uma consciência ambiental e de pertencimento com a natureza.
Já no projeto Horta do Conhecimento os alunos da Funbosque se apropriam do conhecimento de educação ambiental, através de atividades de cultivo de hortaliças, que favorece a integração de teoria e prática no cotidiano escolar. O projeto realizou a doação de cerca de 1 mil mudas para alunos e comunidade.
Incentivo à Cultura
Com o projeto “Quintais Ecopoéticos”, em parceria com a comunidade, a escola leva muita música e poesia por onde passa, juntamente com plantio de mudas de espécies ornamentais, como as helicônias, marantas, philodendron e tajás nos quintais de moradores da Ilha.
Com o O projeto “Amazonizar Mairi”, a Prefeitura promove o fortalecimento da cultura cabana de transformação e ressignificação das práticas socioeducativas de reconstruir relações de alteridade com o fazer comunitário. O evento leva para a comunidade apresentações teatrais, contação de história, exposição fotográfica, sarau, participação das mestras e mestres e vivência no espaço Ecomuseu da Escola Bosque.

Parceria e geração de renda
Para tornar os moradores das ilhas mais conscientes do seu papel de cidadão na preservação do meio ambiente, incentivar agricultura familiar local e contribuir com o desenvolvimento econômico local, a Coordenadoria de Desenvolvimento Comunitário (CDC), da Funbosque, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar- PA), ofertou em 2022, 13 cursos em oleicultura, meliponicultura, piscicultura, avicultura, compostagem orgânica, e outros, proporcionando capacitação para 320 moradores de Outeiro.
Também, foram realizadas 17 capacitações em boas práticas de manipulação de alimentos, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), fornecendo a carteira de manipulação para cerca de 660 pessoas, que desenvolvem suas atividades nas regiões das ilhas. O CDC estabelece o elo permanente com a comunidade.
Investimento
A atual gestão municipal trabalha na reestruturação da Funbosque, com a aquisição de equipamentos para todas as sete unidades da Fundação. O aumento e melhoria da frota de veículos escolares de ônibus e embarcações fluviais, garante o acesso à educação com qualidade para os alunos.
Além da reforma completa da Unidade Pedagógica do Jutuba, reforma do trapiche da UP Jamaci, reforma da Casa Escola da Pesca e ainda das salas de aula e dos professores, do espaço Chico Mendes, onde fica a coordenação pedagógica, auditório José Mariano Klautau, na sede e a reforma na horta da Escola Bosque – abandonada nas gestões anteriores. Já nos primeiros dias de 2021 o espaço começou a ser retomado a partir de uma grande reforma. Atualmente, abriga o projeto “Horta do Conhecimento”.
A atual direção da Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira prima por uma gestão democrática, com diálogo e valorização dos servidores e apoio aos conselhos escolares, contribuindo para uma educação municipal de qualidade no município.