Glória Maria foi símbolo de empoderamento negro em um país racista; personalidades lamentam

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Morreu na manhã desta quinta-feira (2) aos 73 anos, um dos maiores ícones da televisão e do jornalismo brasileiro, Glória Maria. Decorrente de um câncer que começou no intestino e depois espalhou-se em metástase para o cérebro, o óbito se deu no hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A jornalista deixa duas filhas adolescentes.

Tendo alçado a fama na década de 70, Glória foi pioneira em diversos sentidos na TV, mas ela foi, sobretudo, uma das maiores referências para a população negra, em uma época onde o racismo era velado, escondido e opressor para as negras e os negros do Brasil. Ela foi a primeira mulher negra a se destacar no jornalismo brasileiro, e é vista como referência também dentro de seu campo de atuação profissional, pelo caráter ousado e inovador de seu trabalho.

Por conta disso, diversas personalidades foram às redes sociais manifestar reverência à sua representatividade e talento, enquanto símbolo de referência à pessoas negras e de inovação no jornalismo. “Se hoje tem um Emicida, é porque antes existiu uma Glória Maria”, disse o cantor Emicida. “Quem é mulher negra sabe da importância de vê-la na televisão”, disse a ministra da igualdade racial Anielle Franco.

Por Ju Abe

 

 

 

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