O ministério do Desenvolvimento Social anunciou nesta sexta-feira (3), as reformulações do programa Bolsa Família. Em entrevista coletiva, o ministro Wellington Dias informou que o governo excluiu do Bolsa Família, em março, 1,4 milhão de famílias que vinham recebendo o benefício de maneira indevida.
Sobre estas irregularidades, o jornalista Gerson Camarotti afirmou que houve uma verdadeira “farra” com dinheiro público, motivada por razões eleitoreiras, durante o governo Bolsonaro. A farra incluiu fraudes no sistema de distribuição do auxílio, através de uma flexibilização desmedida nas regras de recebimento do então chamado “Auxílio Brasil”.
“Você tem uma farra desse benefício até então chamado Auxílio Brasil, especialmente nesse último ano de 2022, porque você tinha uma motivação eleitoral. Então, houve uma flexibilização muito grande. A lógica era incluir, incluir, incluir, incluir, e foi sendo concedido benefícios com uma flexibilização enorme de critérios, ou muitas vezes sem esses critérios. Ou seja, não se cobrava sequer a caderneta de vacinação, a frequência escolar. E, muitas vezes, essas pessoas que estavam incluídas já tinham um salário maior do que aquele nível de corte que eram exigidos historicamente pelo Bolsa Família”, disse o jornalista, no programa Bom dia Brasil exibido nesta sexta.
“O estudo feito pela Controladoria Geral da União , que embasou todo o trabalho do Ministério do Desenvolvimento Social, avalia um valor de R$ 2 ,6 bilhões em fraudes do antigo Auxílio Brasil. É um número significativo”, continuou.
Governo Lula aumenta benefício para famílias com maior número de dependentes
Segundo informações divulgadas oficialmente, o programa vai pagar R$ 600 por família, mais R$ 150 por criança de até seis anos. Haverá ainda um adicional de R$ 50 por cada pessoa com idade entre sete e dezessete anos. Para receber o benefício, a renda da família tem que ser de até R$ 218 por pessoa.
Com informações de G1