A Polícia Federal (PF) realizou neste sábado (27) uma operação que resultou na prisão em flagrante de um indivíduo por tráfico interestadual de drogas. O suspeito foi detido no aeroporto de Belém, quando tentava transportar 290 quilos de skunk, uma forma concentrada de maconha.
O avião, que foi encontrado pela polícia com a lotação toda preenchida pela droga deixando espaço apenas para um passageiro e o piloto, pertence à Igreja Quadrangular do Pará que, por meio de um comunicado, admitiu ser a proprietária da aeronave apreendida.
De acordo com informações da PF, a aeronave estava sendo utilizada pelo ex-deputado e pastor Josué Bengtson, do PTB, e por seu filho, Paulo Bengtson, que também é ex-deputado federal e filiado ao PTB.
Josué Bengtson é líder espiritual na Igreja Quadrangular no Pará e também é tio e padrinho político de Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Família no governo Bolsonaro (2019-2022) e atualmente senadora pelo Distrito Federal.
Perguntas sem respostas
A igreja alegou que um prestador de serviço terceirizado acessou o avião sem permissão e que desconhece a procedência das drogas. Em nota, a ordem religiosa disse que o prestador de serviços “procurou o nosso piloto querendo fazer um vôo para levar, segundo ele, algumas peças de trator para uma cidade do interior”.
Destas conjecturas, muitas perguntas surgem e ficam sem respostas, porém. A igreja não explica como que um mero contratado terceirizado poderia ter a confiança da igreja a ponto de seu piloto decolar uma aeronave sem sequer questionar a carga suspeita. Além do mais, não há informações sobre que tipo de “serviços terceirizados” estes traficantes prestaram à Igreja.
Com informações de Revista Fórum e G1.