Nova ETE tem previsão de conclusão para janeiro de 2024 e beneficiará cerca de 84 mil pessoas (Amarilis Marisa/ Agência Belém)
A água é um dos bens mais preciosos encontrados no nosso meio ambiente. É somente por conta dela que conseguimos executar algumas tarefas simples do dia a dia, como lavar as mãos, tomar banho, higienizar alimentos e louças ou dar descarga, e é após estas ações que acontece a geração do esgoto.
O esgoto sem tratamento, quando jogado nos rios, altera a qualidade do ambiente aquático, prejudica as espécies que vivem neste ecossistema, logo, ameaça a biodiversidade. Pesquisas científicas comprovam que as ameaças à biodiversidade é um dos fatores que contribuem para a alteração climática do planeta. E quando se trata de biodiversidade amazônica, o assunto fica ainda mais sério, pois a Amazônia é a maior floresta nativa viva do planeta, a única que pode frear a alteração climática, e, no entanto, sofre ainda sérias ameaças.
Foi pensando nestas questões que a prefeitura de Belém decidiu investir na construção da Estação de Tratamento de Esgoto da Amazônia, obra que teve início em março deste ano, em Belém, no valor de 26 milhões de reais.
Com a nova Estação de Tratamento de Esgoto- ETE, o esgoto gerado pelas habitações no entorno da Bacia da Estrada Nova, em Belém, receberá tratamento, transformando a água poluída por dejetos humanos em água limpa, para então devolvê-la ao rio Guamá. O projeto faz parte do Promaben- o Programa de Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova, que prevê uma série de ações, muitas delas já em curso, para revitalização e saneamento dos entornos da Bacia da Estrada Nova, proporcionando qualidade de vida à população.
A nova ETE, a maior da região amazônica, beneficiará cerca de 84 mil pessoas dos bairros da Cremação, Cidade Velha, Batista Campos, Jurunas, e todos os moradores da região da Bacia da Estrada Nova, os quais poderão reviver o sonho de morar sobre rios vivos, com a qualidade da água sendo gradativamente recuperada ao seu estado natural.
Além de devolver qualidade de vida e segurança sanitária para a população que vive nestas localidades de Belém, a nova ETE causará uma verdadeira revolução no tratamento de esgoto sanitário da Amazônia, colocando Belém no mapa das cidades que contribuem para a salvação do planeta da catástrofe climática.
Por Ju Abe