Em defesa da Amazônia, Edmilson Rodrigues participa de atos que alertam para acordo entre Biden e Bolsonaro

Nesta quinta-feira (15), a partir das 10h, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), participa de dois importantes eventos em defesa da Amazônia e seus povos: o ato “Emergência amazônica – em defesa da floresta e da vida” e o “Fórum Climático da Amazônia”.

As atividades são organizados pelo Fórum Nacional Permanente em Defesa da Amazônia (FNPDA – Brasil) e pelo coletivo formado por Coica (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica), Gregorio Mirabal, Repam, Fospa, Asamblea por la Amazonía e Amazon Watch, com apoio de várias organizações nacionais e internacionais.

Os dois eventos têm como objetivo alertar sobre o acordo financeiro Estados Unidos – Brasil, negociado entre os governos Biden e Bolsonaro, para prover recursos para a Amazônia. A negociação tem gerado dúvidas sobre seus reais benefícios à sociedade brasileira, em razão de sua construção a portas fechadas, com pouca transparência, muita celeridade e sem consultas às populações amazônicas. Por esta razão, os dois atos serão realizados às vésperas do encontro de líderes mundiais na Cúpula Climática pelo Dia da Terra, que acontecerá nos dias 22 e 23 de abril.

“A defesa da floresta amazônica e dos seus povos está no DNA do nosso governo. Belém é a segunda maior cidade dos nove países que compõem a Pan-Amazônia e temos a perfeita consciência que sobre o território amazônico está se travando a batalha decisiva que opõe a humanidade ao neoliberalismo destruidor”, afirma Edmilson Rodrigues.

Segundo ele, é preciso pressionar o governo Biden a não repassar bilhões de dólares para o governo genocida de Bolsonaro. “Um governo que promove a morte, a invasão das terras indígenas e a liquidação floresta não pode, evidentemente, receber recursos a título de preservar a natureza”, completa.

Edmilson é reconhecido pela Assembleia Mundial da Amazônia, que reúne os movimentos organizadores dos eventos, como uma das principais personalidades comprometidas com a defesa da floresta e seus povos. Inclusive, a cidade de Belém, com o apoio da Prefeitura, sediará em 2022 a décima edição do Fórum Social Pan-Amazônico.

A grande preocupação dos organizadores e participantes dos fóruns é com um efeito contrário de negociação para a vida dos povos da floresta, já que o acordo pode se tornar um mecanismo de legitimação e financiamento da agenda de destruição da Amazônia promovida pelo governo Bolsonaro, que também avança no Congresso Nacional brasileiro para desregulamentar legislações socioambientais e fundiárias no Brasil.

Já há manifestações públicas que demonstram preocupações com este acordo, como a carta enviada pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) ao presidente norte-americano Joe Biden e ao seu enviado especial climático, John Kerry, assim como a carta da sociedade civil brasileira enviada ao governo dos EUA, assinada por cerca de 200 organizações. Adicionalmente, e fortalecendo essas vozes, na manhã de quinta-feira será lançada uma carta/manifesto à sociedade brasileira e internacional, trazendo o posicionamento de entidades sobre as possibilidades do acordo.

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