Feirantes do Ver-o-peso festejam expectativas com a reforma do Complexo

Fotos: Amarilis Marisa

A Prefeitura de Belém assinou no último sábado, 17, convênio com o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, que prevê a construção do Parque São Joaquim e a reforma completa do Complexo Ver-o-Peso (veja matéria da assinatura aqui). Ambas as obras serão realizadas como preparação da cidade para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que deve atrair mais de 50 mil pessoas para a capital paraense em 2025.

Na ocasião, o presidente Lula, que esteve presente, se comprometeu a apoiar a realização das readequações necessárias para a estruturação da cidade para receber a COP. “O governo federal não vai medir esforços para que a gente ajude tanto a Prefeitura de Belém quanto o Governo do Estado para fazer o melhor aqui”, disse o presidente.

O maior cartão-postal de Belém vai receber uma reestruturação de todas as suas dependências, incluindo estacionamento, feiras, mercados de Carne e de Peixe, a Pedra do Peixe e a Feira do Açaí.

Percepção dos trabalhadores

Os trabalhadores e trabalhadoras do complexo de feiras do Ver-o-Peso comentaram suas expectativas a respeito da grande restauração pela qual o local irá passar.

O feirante José Guedes, que trabalha há 21 anos no mercado, demonstrou otimismo ao falar sobre as obras que serão realizadas na feira. “Uma reforma vai ser ótima, é uma melhoria para nós e para os clientes. Aqui é um polo mundial, um cartão-postal do País, então com certeza vai ser uma coisa boa para nós”, falou o feirante.

Já o verdureiro Wálber Noronha, que há 32 anos trabalha no Complexo, chamou a atenção para a importância de que a reforma atenda principalmente aos trabalhadores que dependem do local, e que seguirão se beneficiando das melhorias mesmo após o encerramento da conferência da ONU. “Nós trabalhamos aqui há gerações. São netos, pais e filhos. Isso aqui não pode se acabar, não pode ser só ponto turístico, a gente tem que ter um ponto para trabalhar”, pontuou Wálber.

Trabalho com dignidade

Para Vivian, que trabalha com venda de comida na feira há 20 anos, são boas as expectativas em relação às obras. “É uma proposta boa, que os feirantes possam trabalhar de uma maneira digna, sem esse calor, que o turista possa se agradar do nosso lugar, e que a gente possa recepcionar tanto os paraenses como os turistas que vêm do Brasil e de fora”. Vivan comentou ainda sobre o que espera a respeito da temperatura no local: “A gente espera que seja uma coisa bem bacana, que a gente tenha uma solução aqui nesse calor”, pontuou a vendedora.

Quem também comentou sobre as expectativas para com a reforma foi a erveira Iracilda, que há 45 anos trabalha no setor mais perfumado da maior feira a céu aberto da América Latina. A vendedora acredita que a reestruturação do Ver-o-Peso será positiva para quem dele tira seu sustento. “Essa reforma que vem aí será um negócio muito bom pra gente, vai melhorar essa quentura. Eu espero que seja uma coisa melhor pra gente, que nós estamos precisando”, finalizou a trabalhadora.

Erveira há 45 anos, Dona Iracilda acredita que a reestruturação do Ver-o-Peso será positiva para quem dele tira seu sustento.

*Estagiário Douglas Borges, com supervisão da jornalista Cleide Magalhães.

Via Agência Belém

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